O que o Google – ainda – não busca?

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Em 2013, escrevi um artigo chamado “Quais pesquisas o Google ainda não faz?“, onde listei 3 coisas que naquela época o Google ainda não era capaz de fazer:

  1. Busca via imagem;
  2. Busca via som;
  3. Busca via cheiro.

Nesta semana, quase 10 anos depois, assistindo o evento anual sobre search do Google, o Search On 22, parei para refletir sobre esse artigo e de como a plataforma evoluiu. Já faz alguns anos que é possível buscar via imagem, mas com a internet mais visual e interativa que nunca as novidades do search se adaptam aos novos tempos. O The Verge descreveu essa nova fase como “Google está tentando reinventar o search sendo mais do que uma plataforma de busca

Os avanços da inteligência artificial na análise de imagens e do poder do Google Lens abrem possibilidades para o multisearch, fazendo combinações inteligentes das buscas que incluem imagem, texto, localização e ainda relevância do resultado para você. A ferramenta permitirá, tirar a foto de uma rosquinha e combinar os resultados com uma bolsa, por exemplo, e encontrar “bolsas rosquinhas”. Ou de um vestido lindo que você viu, mas quem sabe agora na cor verde ou buscar por um tipo de estampa específica.

Image: Google

Além disso, é possível obter informações sobre um produto diretamente da sua lente do celular, sem precisar entrar em link por link e processar um monte de informações, o Google faz isso por você e te apresenta o mais relevante sobre uma infinidade de dados encontrados, como “bem avaliado”, “sem glúten” ou “vegano” e assim por diante.

Image: Google

Por trás dos anúncios, há uma grande mudança acontecendo dentro do mecanismo de busca do Google, que sempre se baseou na ideia de que existe uma única resposta certa em algum lugar – e tudo o que você precisava fazer para obtê-la era perguntar ao Google exatamente a pergunta certa.

Mas cada vez mais, o Google está adotando a ideia de que a busca não é um sistema de perguntas e respostas. É um sistema para exploração, para descoberta, para tentar aprender coisas sobre as quais não há respostas óbvias. E isso muda tanto o que os usuários querem do Google quanto a responsabilidade que o Google tem no que decide dar a eles.

Essas atualizações reformularão a forma como os consumidores se envolvem com as empresas nos próximos anos. Os profissionais de marketing podem se antecipar a essas mudanças adotando a automação e investindo em ativos visuais. Isso é particularmente relevante, pois muitos estão redefinindo as prioridades de soluções orientadas para o desempenho durante a incerteza econômica.

Muito ainda está sendo testado e em fase de exploração e o progresso é consistente, especialmente quando se fala do principal produto da empresa. Há 10 anos atrás a tecnologia não permitia tantas possibilidades e agora, elas são ilimitadas. Eu quero estar daqui a 10 anos vivendo nesse mundo de inovação, criatividade e buscas de exploração pelo conhecimento.

O que você gostaria que o Google fosse capaz de buscar?