Os social media (picareta) pira.

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O governo brasileiro proibiu os concursos culturais via Facebook em anúncio realizado nesta quinta-feira. Ao ler o título da matéria já imaginei que teria problemas, mas depois de ler os motivos e conversar com alguns amigos, acredito que foi uma das melhores coisas que aconteceram para quem (realmente) trabalha com isso.

Eu nunca fui muito fã de sorteios e concursos culturais. No geral, a grande maioria atrai “clientes vazios”, que só querem ganhar o brinde e depois irem embora. Ou pior, fãs que ficam e viram apenas números, não curtem, não comentam e não tem engajamento nenhum com a marca. Prefiro 100 clientes ativos na página do que 1000 que não fazem nada. Essa é inclusive uma “briga” recorrente que tenho com alguns clientes.

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Eu trabalho com redes sociais desde 2008 e nos últimos dois/três anos vi a crescente onda de pessoas que mal se formam e já se intitulam especialistas em redes sociais só porque possuem uma conta no Facebook. Muitos deles vivem de “promoção no facebook pra aumentar o número de fãs” e não é bem assim.

O trabalho de um social media é de formiguinha, dia após dia, construindo aos poucos o relacionamento com o cliente. Sempre falo isso em consultoria, o papel das redes sociais não é vendas diretas e nem acontece do dia pra noite. Relacionamento leva tempo, mas dura mais.

Outra vantagem dessa proibição, além de mostrar ao mercado quem são os profissionais de verdade e quem são os picaretas, é evitar que pessoas caiam em golpes na internet. Ainda é grande o número de pessoas que não tem a malícia de perceber que estão sendo vítimas de ações fraudulentas e dessa forma, será possível denunciar páginas e promoções falsas para fazer com que o próprio facebook as tire do ar. Nesse primeiro momento eu vejo como um benefício para todos.

Sei que é bem capaz de algumas empresas desrespeitarem as regras (como já acontece no caso de sorteios que sempre foram proibidos) e mesmo assim promoverem concursos culturais, mas fica por conta e risco de cada um. Não será o meu caso.

😉