O que eu aprendi em 24 horas devorando a plataforma.
Que rede é essa?
Em resumo, é uma rede social de conversas por voz.
Depois de criar seu perfil e indicar temas de interesses, são indicadas “rodas de conversas” sobre os assuntos selecionados. São salas públicas ou privadas e pode-se participar como speaker ou como ouvinte, a depender da sala.
Quando ela foi criada?
Lançado em maio de 2020 o app contava com 1,5 mil usuários, segundo o The Guardian. O grande ponto de virada foi a participação de Elon Musk na plataforma, para um bate-papo com Vlad Tenev, CEO do Robinhood, na última semana.
O volume de pessoas dentro do chat foi tão grande que teve de ser exibido também no YouTube e, é claro, ajudou a aumentar a popularidade da plataforma (que conta com 600 mil usuários atualmente).
Como criar uma conta?
Assim como ocorreu com o Instagram, nesse momento só é possível entrar por convite e para quem tem iPhone. Cada pessoa tem direito a apenas dois convites.
Essa estratégia é forte estratégia de marketing que usa de recursos como:
Escassez – Convites limitados;
Exclusividade – Diminui o acesso e cria senso de VIP de quem está dentro da plataforma;
Reciprocidade – Você é responsável por quem convida. Se a pessoa entrar, fizer besteira e for banida, quem convidou também é banido. O que aumenta a noção de exclusividade.
Existe uma outra forma de conseguir entrar sem o convite direto. Baixa o app, entra na lista de espera e aí a plataforma vai olhar se algum dos seus contatos da agenda já tem a conta no ClubHouse. Caso ele tenha uma boa avaliação da plataforma, receberá um benefício de autorizar sua entrada.
Para receber esse benefício, os usuários precisam estar engajados. Seja como palestrante, seja como ouvinte, seja criando novas salas de discussões. Quanto mais engajado, mais autorizações serão liberadas.
Por que o boom?
Justamente por ser uma rede exclusiva e você só pode fazer parte se receber o convite de um usuário. No seu início, tem feito sucesso entre celebridades, como Oprah, Kevin Hart, Drake, Chris Rock e Ashton Kutcher.
No Vale do Silício, a rede se tornou um tipo de “clube fechado”, no qual o convite para fazer parte da rede se tornou algo sério e dificilmente compartilhado.
Tem que ter conteúdo!
Não tem vídeo, não tem foto, não tem roteiro e não tem nada gravado.
É tudo AO VIVO.
Nesse sentido, é necessário ter conteúdo de verdade!
Não tem “representação”. Não dá para essas celebridades delegarem a criação do conteúdo para uma equipe, precisa ser elas mesmas, sendo reais, transparentes e isso está sendo bem interessante de ver acontecendo.
O que esperar?
Tudo é muito novo e como toda novidade, as possibilidades são enormes e na prática, o próprio uso da plataforma irá moldar as ferramentas que vão ser criadas e até os novos produtos digitais que serão facilitados/criados pelo seu uso.
De fato, o produto podcast cresceu muito em 2020 e a tendência é de continuar crescendo neste ano. Muitas discussões sobre o uso estão acontecendo nas salas neste momento, aulas ao vivo, consultorias, mesas de bar virtuais, happy hour com família/amigos.
São várias as formas de uso e vai depender muito da criatividade.