Nesse dia 8 de março, eu não quero flores, quero um lugar na mesa de decisão com voz e respeito a minha competência.
Quero acesso a mentoria, a disputa igualitária entre cargos sem o preconceito da potencial maternidade que meu corpo imprime.
Quero a chance de um caminho aberto até o topo sem a dúvida, o mansplaining, sem o medo do assédio sexual, sem a acusação indevida de ser histérica quando estou sendo assertiva.
Quero ser CEO.
Apenas 3% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres mesmo sendo a maioria nas universidades. Em 2019, ocupamos 60% das cadeiras nas universidades. Além disso, dados do IBGE de 2019 apontam que mesmo com uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as trabalhadoras ganham, em média, 20,5% menos que os homens no Brasil.
Para mim, dia das mulheres não é dia de ganhar flores, não é dia de receber mensagens “pela beleza da mulher”.
É dia da gente falar que nós mulheres temos menos acessos a mentorias, a networking, a rede de contatos… é dia de falar sobre as barreiras que ainda enfrentamos todos os dias para crescer na carreira.
Aí sim, quando esse dia chegar, vou adorar poder receber as flores e aproveitar todas essas conquistas que ansiamos.
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